quarta-feira, 18 de agosto de 2021

A Importância do ensino da FLEXIBILIDADE para nossas Crianças e Adolescentes

Estou neste exato momento, estudando na minha pós-graduação, em Terapia Cognitiva Comportamento para Crianças e Adolescentes, sobre a TERAPIA  DA   ACEITAÇÃO  E  COMPROMISSO.



Como é difícil entender isto na vida adulta, imagina como criança ou adolescente, criar esses pensamentos e sentimentos confusos,  que por mais que não entendemos, existe situações que não podemos mudar, ou que, nas minhas observações, não entendi bem a falta de comunicação. A Pandemia nos fez entender situações que não podemos mudar, mas podemos ser flexíveis para melhor qualidade de vida.

A Professora Veruska Santos, conta sobre um jovem paciente, que tinha problemas de relacionamento com a mãe, que isto trazia a ele grandes sofrimentos e atritos no relacionamentos com seus pais. Do ponto de vista do seu paciente, ele deduzia, tirava conclusões e que poderia  não serem reais e verdadeiras, mas neste exato momento, que fez as suas deduções, sua mente se enchia de tristeza, raiva e até desprezo, por não ser amado pela sua mãe. Era apenas uma vivencia mental, que o tempo ia alimentando o seu comportamento e levando a reclusão e afastamento do relacionamento com a mãe e em consequência com seu pai. DORES SEM NEXOS E TALVEZ SEM BASE SOLIDAS, MAS ESTAVA SENDO VIVENCIADA NAQUELE EXATO MOMENTO, DAS SUAS DEDUÇÕES... MINHA MÃE NÃO ME AMA.




Bom, dentro da Terapia da Aceitação e Compromisso, em inglês a sigla ACT, tenta trabalhar o sofrimento humano, de uma concepção mais de entendimento deste ato de pensar nas suas dores e ainda levando a flexibilidade destes pensamentos e até experimentar a vivenciar por meio da observação no exato momento do contexto, levando a criança e o adolescente a se posicionar como EU OBSERVADOR, antes mesmo de deduzir ou alimentar conclusões a respeito de diversos fatos.



A aceitação e a flexibilização no ato observado, leva a criança e o adolescente, criar mecanismos para alterar padrões de pensamentos inflexíveis e inverídicos, levando a comportamentos de esquiva, impulsividade e fugas sociais, que transforma seus pensamentos, em sentimentos, com isto gerando situações difíceis. 

 Entender que a nossa mente, as vezes, pode ser uma pegadinha, mas a Psicoterapia, pode ajudar começar a criar mecanismos de observar o FATO PRESENTE e flexibilizando a realidade a novos prismas, auxiliando para melhorar seus relacionamentos, ter uma qualidade vida maior, educando seus pensamentos, liberando sentimentos e também a lidar com tudo isto, sem culpa, eu pensei, mas isto não é verdadeiro.

Segundo Wilson, Strosahl & Hayes, a Flexibilidade psicológica é definida por Hayes como “sentir e pensar, atentando ao momento presente, movendo sua vida em direções significativas”.  

Sendo assim a ACEITAÇÃO, é o principal processo de flexibilidade psicológica na dimensão dos afetos e envolve a maneira como nos relacionamos com os nossos sentimentos. E ouvir nossos sentimentos, não necessariamente obedecê-los, entender que isto é algo passageiro, aceitar que isto é algo natural e que podemos flexibilizar nossos sentimentos. Eu senti, mas não é algo real, mas preciso entender isto.

E neste momento que a DESFUSÃO acontece, pois começa a enxergar seus pensamentos, não como uma verdade absoluta e imutáveis, mas com comportamentos flexíveis, para novas experiências de vivenciar com o outro a entender este pensamento, sem torná-lo uma verdade absoluta.

Neste exato momento, no aqui e agora, com ATENÇÃO PLENA E FLEXÍVEL, torna possível tirá-lo do julgamentos críticos dos seus pensamentos, resgatando em si, o PODER DO EU OBSERVADOR. Eu tornando possível, um dialogo com meus pensamentos e sentimentos.

E é neste contexto, que a Terapia da Aceitação e Compromisso, com a criança e o adolescente, até com adulto, trás para si a CONSCIENCIA das suas emoções e sentimentos, em que seu EU OBSERVADOR, podendo aliar com seus VALORES, que isto, nesta observação real e naquele momento,  pode ou não pode ser verdadeiro, mas que isto lhe dá a escolha de entender  e com isto ter o COMPROMISSO de trazer o seu EU OBSERVADOR, sempre que possível, para transformar estes sentimentos, pensamentos e comportamentos, em algo bem mais FLEXIVEIS na sua interação com o seu meio familiar, amigos, escolar e na vida social. O seu Eu observador, analisa a sua dor, entende e não a exclui, apenas cria novas possibilidades e maior flexibilidade.



Texto, de Cláudia Cristinne Fanaia de Almeida Dorst, em analise ao estudo da Terapia da Aceitação e Compromisso.



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