sábado, 23 de outubro de 2021

CAIU METEORO EM CUIABÁ E O CÉU FICOU ILUMINADO



Um meteoro mais brilhante que a lua cheia iluminou o céu da região entre Cuiabá e São José dos Quatro Marcos, no estado do Mato Grosso, na madrugada desta sexta-feira (22). Flagrado por câmeras da Bramon, Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros, e do Clima ao Vivo, o “superbólido”, assim chamado por seu brilho intenso, foi visto às 2h22, horário de Brasília.

Segundo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia e colunista do Olhar Digital, o meteoro seguiu uma trajetória de oeste para leste, e explodiu a cerca de 38 km de altura ao norte de Cáceres (MT). “Ao que tudo indica, pela intensidade do fenômeno, existe a possibilidade de ele ter deixado alguns meteoritos em solo”.

IMAGEM DO INSTITUTO DO CLIMA DE MT

“Algumas imagens mostram indícios de fragmentação”, afirma Zurita. Porém, segundo ele, ainda não é possível afirmar isso com exatidão, pois a análise de massa, que vai determinar se todo o material do meteoro foi consumido na passagem atmosférica ou se alguma coisa resistiu à explosão, ainda não foi feita.

Apesar da proximidade da chuva de meteoros dos Orionidas, o bólido não tem qualquer relação com ela. De acordo com Zurita, “ele foi classificado previamente como esporádico, ou seja, que não pertence a nenhuma chuva de meteoros”.

Meteoro ou meteorito, qual a diferença?

Meteoro é o nome dado ao fenômeno luminoso visto no céu quando um pedaço de rocha espacial, como um pequeno asteroide ou um fragmento de um cometa, se incendeia ao passar por nossa atmosfera. Quando o brilho gerado é especialmente intenso, superando o do planeta Vênus, ele é chamado de “fireball” (bola de fogo) ou “bólido”.

A maioria das rochas que produzem meteoros é completamente desintegrada na passagem pela atmosfera. Mas eventualmente, fragmentos de uma rocha maior ou de composição mais resistente podem chegar à Terra, e são chamados de meteoritos. Eles são uma importante fonte de pesquisa científica, pois nos trazem fragmentos de asteroides, de cometas e em alguns casos raros, até pedaços de outros planetas ou da Lua.


Pesquisa - https://olhardigital.com.br/2021/10/22/ciencia-e-espaco/meteoro-ilumina-a-noite-em-cuiaba-e-sao-jose-dos-quatro-marcos-no-mato-grosso/

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

TEMPESTADE DE AREIA E POEIRA NO BRASIL, SEREMOS DESERTO NO FUTURO?

 Como sabem que no Brasil, as coisas andam a ficarem criticas com relação ao clima. 

Cada ano que passa, tudo vai se intensificando, as chuvas demoram a cair, seca e falta d'água em muitas regiões do País, quando cai é para destruir. Os reservatórios de água estão diminuindo a cada ano, sendo necessário o controle a população, para não faltar agua e muito menos energia eletrica. 

Mas 2021 vem com novidades, agora além de secar rios, queimadas e destruição da flora e fauna, estamos colher novos frutos das ações humanas, tempestades de areia e poeira, em vários estados do pais. O BRASIL ESTÁ PEDINDO SOCORRO, PELA AÇÃO NEVASTA DOS HOMENS QUE AQUI VIVEM... O Brasil agora tem tempestade de areia, pela imensa e intensas ações negativas dos homens, quanto a destruição das suas terras.

Neste exato momento, o SENADO FEDERAL, concluiu um trabalho, de 6 meses sobre a PANDEMIA, que aconteceu no mundo inteiro, é claro que mundo inteiro teve problema com o virus da COVID-19, porém foram 6 meses de vista grossa para nosso CLIMA e nossa SITUAÇÃO CRITICA referente a questões CLIMATICAS e ECOLOGICA. O SENADO FECHOU OS OLHOS PARA  AS QUESTÕES ECOLÓGICAS.

Sei que o SENADO FEDERAL deveria estar contribuindo com novas diretrizes e leis para impedir o avanço dos desmatamentos e ainda, desta colheita insana, que é a falta d'água e agora tempestade de poeira. 

Sei que o SENADO FEDERAL deve e tem o dever de punir quem roubo na Pandemia, porém deixar um assunto de maior gravidade, em segundo plano, também é criminoso, pois é a vida dos brasileiros no futuro breve, pois vamos viver em pais de areia e clima quente e de pouca umidade.

Estamos tendo um clima de deserto, baixa umidade e acima dos 40 graus e agora as tempestades de areia, se tornaram constantes, o que precisa mais para entender, que vamos chegar a ser um DESERTO, como o Oriente Médio? Não entenderam que o BRASIL PEDE SOCORRO?

Então, senhores senadores, como iremos viver daqui pouco tempo, se vocês não tomaram consciencia da importancia da preservação da FLORA e FAUNA do no imenso pais?

O BRASIL ESTÁ PEDINDO SOCORRO, MAS PARECE QUE É MAIS VOCÊS ESTÃO DEIXANDO DE LADO, O PEDIDO, PARA FOCAR APENAS EM ALGO QUE JÁ ESTÁ CONTROLADO, MAS O NOSSO CLIMA NÃO, E VAI PIORAR A CADA DIA E A CADA ANO.... A INCOMPETÊNCIA DE VOCÊS, IRÁ LEGAL AO CAOS A VIDA NO BRASIL. Além do mais, essas mudanças climaticas, irão trazer novos virus, novas doenças e precisam mudar isto.

Gostaria de saber, se isto é de caso pensado, se querem mesmos acabar com o país, ou vocês, são alienados e incapazes de estar ai no SENADO FEDERAL e no CONGRESSO FEDERAL... estamos caminhando para ser um DESERTO no Futuro, e os Senhores não estão nem ai para implementar novas diretrizes de contenção da destruiçao da natureza no Brasil.

Estamos colhendo o que plantamos, a nossa incapacidade de analisar as questões climáticas e da nossa imprudência de pensar que no futuro poderemos resolver... então, Senhores Deputados, Senadores, Governadores e Presidente, já estamos no FUTURO e conhendo a nossa sandice... ESTAMOS COLHENDO OS FRUTOS DAS NOSSAS AÇÕES.

O BRASIL TEM PROBABILIDADE DE SER UM DESERTO, EM FUTURO, BEM PROXIMOS, POIS A TEMPESTADES DE AREIAS JÁ SE INICIARAM, AGORA FALTA POUCO PARA ACABAR A AGUA POTAVEL E AS RESERVAS FLORESTAS E ANIMAIS.


Informando que TEMPESTADES DE AREIA é algo exclusivo dos Desertos do Oriente Médio, mas aqui no BRASIL está sendo algo também natural e corriqueiro.

NOSSAS AÇÕES E NOSSA NEGLIGÊNCIA PARA COM O NOSSO PAIS, ESTÃO A CONTRIBUIR, PARA LEVAR O BRASIL, A UMA NOVA ERA, DE UM PAIS DE FLORESTAS, PARA UM PAIS DE AREIA... DE TEMPESTADE DE AREIA.



SEGUE ALGUNS RELATOS DE FATOS REAIS E DE MUITA DESTRUIÇÃO:


TEMPESTADE DE AREIA NO BRASIL

TEMPESTADE DE AREIA EM SÃO PAULO

TEMPESTADE DE AREIA EM SP E MG

TEMPESTADE DE AREIA EM SP E MS

PASSAGEIRA EM AVIÃO GRAVA MOMENTO DA TEMPESTADE AREIA, EM PLENO VOO

TEMPESTADE DE AREIA EM MATO GROSSO DO SUL

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Jornalista cerceada na sua liberdade expressar, após pandemia... Questões emocionais pós PANDEMIA.

 Um grande alvoroço quando uma Jornalista, começa a discutir com a Policia Militar, na Praça Popular em Cuiabá.



Foi presa e levada em Audiência no Judiciário, sendo impostas restrições de sair na rua, ir a bares e até encontrar amigos. E ainda, tendo em vista, que ela tem várias passagem pela policia, por várias questões, ficou visível que há um interesse em perseguir está Jornalista, e tornar público seus atos. Até onde vai isto? Ou que a Pós-Pandemia a psique humana, anda sensível e em desequilíbrio?

Sabemos que as informações sobre o fato tem que serem divulgadas e com detalhes, porém neste caso, acredito que está mais para uma perseguição ou até mesmo uma imposição de como está pessoa deva se comportar. A não ACEITAÇÃO do seu jeito de ser anda a causar imensos transtornos por aqui, ou anda como queremos ou iremos impedir seu acesso a tudo. Isto se acelerou na Pandemia, mudanças comportamentais.

Abrimos a discussão quanto ao fato que agora só existe um JEITO DE SER, já que não ACEITAR SER IGUAL virou um TRANSTORNO SOCIAL. 

Quero aqui, deixar exposto, que apesar da JORNALISTA NILDES DE SOUZA estar com um comportamento agressivo, a Policia Militar tem o dever de Proteger e não de fazer o enfrentamento, expondo as pessoas as situações complicadas. Tudo bem, ela alterou seu estado emocional, xingou os policiais, jogou cerveja e ainda continuou a falar. Sabemos que uma Policia Militar preparada emocionalmente, não tem este comportamento e muito menos um Judiciário irá coloca restrições, sem saber da sua condições psiquicas, ou melhor, sem saber o que esta acontecendo realmente. Precisa humanizar a Policia Militar e o Judiciário.

Sei que a Jornalista anda a desafiar as regras impostas, não somente as sociais, mas as Leis em geral. Isto mostra que quer mostrar algo, que vá além da nossa percepção, talvez vá além da sua percepção. Este é um comportamento, em geral em criança e adolescente, quando quer se opor e desafiar, e é tratado como um problema emocional, de desordem psiquica, porém raro em adultos, mas possível. Também não quero aqui dizer o que ela possa ter, mas listando as possibilidades.

Acredito que existe um grande problema, por aqui, talvez a falta de RESPEITO AS DIFERENÇAS, tanto do lado dos Policiais Militares, até do Judiciário, quanto da mencionada Jornalista e também de uma SOCIEDADE ALIENADA. 

Acredito que pensem, que o ser humano virou uma maquina, um robo programado a estar sempre bem,  e que se todos não se comportarem iguais, tem algo de errado. Porém nunca seremos iguais, pois existe algo que nos impedem de sermos todos psicologicamente iguais, que é o contexto de vida de cada pessoa e suas experiências pessoais. E ainda sabemos que todos os seres humanos, tem ou pode criar, um transtorno psicológico após algum fato ou sucessivas experiências negativas. A Pandemia trouxe muitos problemas de saúde, a vacina inumizou o corpo, mas a nossa mente, não... 

Talvez, as pessoas não devam ter prestados a atenção, mas qualquer pessoa pode ter alguma experiência negativa, é irá reagir de acordo com suas bases de dados internas. 

Quando mencionamos o TOD - Transtorno Opositor Desafiador, era apenas com um intuito de dizer a sociedade, que todos estão passível de um transtorno psicológico, principalmente, em uma sociedade que cada dia fica mais fechada, ignorante e incapaz de compreensão, que também pode ser diagnosticada como comportamento disfuncional social, estamos vivendo em uma sociedade doente mentalmente, será no futuro um grande problema social. Em ambos o caso, possível de ser tratado. Uma sociedade doente, irá sempre produzir seres humanos doentes, isto a Pandemia, fez bem feito... seres humanos doentes fisicamente e agora será mentalmente.

Acredito que este comportamento opositor e desafiador deva ter se instalado nesta Jornalista durante a Pandemia, ou se agravado durante este periodo, já que a Pandemia elevou o nível de desordem psiquica nos individuos. Estamos em uma sociedade doente psiquicamente.

Bom, o TOD é um comportamento que se inicia principalmente na Infância, porém não além disso, mas possível de acontecer em adultos. Não querendo tirar a autoridade do PM ou Judiciário, mas vejo uma pessoa sendo tratada como marginal, e marginais sendo tratada como pessoa idônea, porém aqui, o intuito é chamar a atenção a algo ou enfrentar algo, neste caso, será a POLICIA MILITAR e também as retrições impostas pelo JUDICIÁRIO, isto torna visivel, o intuito de mostrar o embate, de decisões impostas sem saber a verdadeira realidade. Estamos em Pandemia, a nossa psique anda abalada, longe da vida social... não seremos os mesmos, o nosso mundo interno mudou.

Quero aqui, fazer entender, que ela, a Jornalista, está dentro do seu limite, querendo impor seu jeito de ser, porém não está em seu estado mental equilibrado, pois o desejo de enfrentamento das regras sociais e das Leis impostas estão a controlar seu comportamento. É JUSTO ENFRENTAR PARA RESPEITAR O NOSSO DIREITO DE SER, MAIS É INJUSTO, NÃO SABER A MELHOR FORMA DE DIZER ISTO.

Fica aqui o meu REPÚDIO, tanto do comportamento dos PMs, quando a forma que o JUDICIÁRIO vem realizando as audiências, apenas com o intuito de conter o nosso jeito de ser, nunca com o intuito de trazer este indivíduo a sua realidade e a sua condição de ser humano unico, lembrando, que estamos saindo de uma situação de RETRIÇÕES da PANDEMIA, nem todos estão emocionalmente equilibrados, sendo assim tanto a PM quanto o JUDICIÁRIO, estão com imensa responsabilidade, de serem EMOCIONALMENTE EQUILIBRADOS.


FICA A DICA - RESTRINGIR O SEU ACESSO AOS LUGARES, APÓS PANDEMIA, É UM CRIME... FICAMOS QUASE 2 ANOS SEM SAIR DE CASA. TODOS NÓS ESTAMOS A DOECER PSIQUICAMENTE, NO CAO QUE SE INSTALOU... INCLUSIVE A PM E O JUDICIÁRIO PODEM ESTAR PSIQUICAMENTE DOENTES. 


É PRECISO DA PM E JUDICIÁRIO TOTALMENTE EQUILIBRADOS. SADIOS MENTALMENTES.


...

Eu Cláudia Cristinne Fanaia de Almeida Dorst, mas conhecida como CLAUDIA FANAIA, apaixonada pela mente humana e em favor da liberdade de expressão, mesmo em situação difícil, como essa da Jornalista



O que seja Transtorno opositor desafiador (TOD)


O transtorno desafiador opositor, também conhecido por TOD, geralmente ocorre durante a infância, e caracteriza-se por comportamentos frequentes de raiva, agressividade, vingança, desafio, provocação, desobediência ou ressentimento.


Principais sintomas

Os comportamentos e sintomas mais comuns em crianças com transtorno opositor desafiador são:

  • Agressividade;
  • Irritabilidade;
  • Desobediência para com pessoas mais velhas;
  • Agitação e perda da calma;
  • Desafio das regras;
  • Incomodar outras pessoas;
  • Culpar outras pessoas pelos próprios erros;
  • Ficar com raiva,
  • Ficar ressentido e ser facilmente perturbado,
  • Ser cruel e vingativo.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

ONDE ESTA A CHUVA NO BRASIL? BRAZIL CALLS FOR HELP...

 BRASIL, 06 de outubro de 2021.


Querida Terra,


Eu sou pais de imensa diversidade cultural e climática. Tenho em minhas Terras gente do mundo inteiro, gente que cuido com imenso prazer, pois sempre acreditei, em todos, já que sou o seu futuro. Mas temo pelo MEU FUTURO.

Mas ultimamente, me sinto cansado e sinto tudo pegar fogo, em todos os cantos, por todos os lugares. Os animais que aqui tive, hoje muitos estão sendo criados em cativeros, para que não sumam do planeta Terra. Minhas florestas, a cada dia, estão a desaparecer, como se tudo fosse mágico e posso reconstruir da noite para dia. Levei muito séculos para construir estas imensas florestas, que no último século, foi destruida sem dói, a quem tanto cuidei.

Sinto sede, muita sede, minhas águas estão a sumir, até as que caem do céu. Acredito que seja interferencia do homem, hoje no Norte, lá pelas bandas da Venezuela, Bolivia e Colombia, minhas florestas estão sendo atacadas sem dó, com isto, o clima está mais seco, mais arrido e muito mais quente. Digo, que não é só as geleiras dos Polo Norte e Sul que irão sofrer com isto, mais todo a Terra, então, querida Terra, estou a padecer  pelas criaturas que aqui deixei viver.

Peço perdão, em escrever e pedir compaixão, mais se isto não parar, temo por ti, Planeta Terra. Tudo aqui vive em sintonia e harmonia, mas está gente insana, não me trata assim, pois acredito que nem animais são, e sim criatura com o intuito de levar ao fim, a vida por aqui, no Brasil. Essa gente, não são animais e nem humanos, devem ser criaturas das trevas, que veio queimar o Planeta Terra.

Em consequencias de todos os atos, desta gente insana, por aqui não cai nem água do céu, e quando cai, e para destruir o que ainda resta. Tudo aqui, está fora do lugar, eu não estou a suportar, o homem se transformou na minha maior tortura e ainda não tenho como recuperar sozinho, por isto querida Terra, estou a solicitar ajudar a todo o PLANETA TERRA... por favor, venha a me ajudar, juntos venceremos o mal que assola este país.



O BRASIL PRECISA DE AJUDA PARA MUDAR O CLIMA, SOZINHO NÃO TEMOS CONDIÇÕES DE MANTER, POIS OS MAUS HUMANOS ESTÃO POR AQUI.


Peço por gentileza, que me ajude, pois será questão de tempo, não ter água potável. E outra coisa Planeta Terra, tem uma gente insana, que irá interferir no ECOSSISTEMA de um dos maiores parques marinhos do Brasil, onde há imensa diversidade de animais e floras marinhas, que ajudam também no clima do Planeta Terra, bom... eles estão destruindo o Brasil inteiro, principalmente a Amazônia, e irão iniciar a destruir os mares e reservas marinhas do Brasil. EU ESTOU CANSADO DISSO... POR FAVOR, ME AJUDEM.

Por isto, peço ajuda... pois somos muito importante para todo o Planeta Terra. PLEASE... FRIENDS.

Estamos em outubro, época da chuva do caju em Cuiabá, e as gotas de águas que caem do céu, são raras, e os homens maus insistem que estão certos e destroem tudo por aqui. Eu acredito que estão doentes da alma, pois não há explicações lógicas para tamanha barbaridades e destruição. Estes homens não são humanos, tem aparecias de humanos, mas não podem ser, acredito sinceramente, que são criaturas das trevas, querendo colocar fogo no planeta.

POR FAVOR... SALVE O  BRASIL.




BRAZIL  CALLS  FOR  HELP


Sendo assim querida Terra, aguardo sua ajuda, prometo que vou suportar mais não demorem, pois são vocês que irão mudar o rumo do Planeta Terra.

Aguardo vocês, com saudades imensas de todos e unidos iremos mudar o mundo.

Atenciosamente,


Brasil, Pátria Amada (mas desamada de muitos)



Texto de Cláudia Cristinne Fanaia de Almeida Dorst, mas conhecida como Cláudia Fanaia, sempre que posso defendo os interesses do Planeta Terra. 🌹

sábado, 2 de outubro de 2021

Pesquisas mostram que a inteligência do ser humano está regredindo



Pesquisas mostram que a inteligência do ser humano está regredindo

  • O tempo desperdiçado nas redes sociais e a polarização política são alguns dos principais responsáveis pelo recuo, depois de décadas de evolução

Objeto de análise desde os primórdios da civilização, a inteligência humana é um mistério tão intrigante quanto a origem do universo. Na cultura ocidental, sua primeira definição remonta à Ilíada, o poema do século VIII a.C. em que Homero narra a história do herói Aquiles e da Guerra de Troia e faz referência à psuche, origem do termo psique, no clássico grego uma força superior àquela que dá vida ao restante dos seres. As dúvidas sobre o que faz os indivíduos serem mais ou menos inteligentes permanecem, mas, ao longo de milênios, o conceito foi sendo destrinchado em estudos científicos sobre os mecanismos que movem o intelecto até se chegar a uma forma de medição padronizada — o teste de Q.I. (quociente de inteligência) — amplamente reconhecida e aceita.

Entra década, sai década, em boa parte do século XX os países mais avançados, principalmente, puderam bater no peito e anunciar com orgulho que o Q.I. médio de seus habitantes subia consistentemente — até a curva começar a cair e a inteligência engatar marcha a ré a partir dos anos 2000. Em sólidos levantamentos, descobriu-se algo constrangedor para a civilização: pela primeira vez, os filhos passaram a ter mentes menos afiadas do que a de seus pais. E como fugir da lembrança de movimentos da atualidade desprovidos de massa cinzenta, como os antivacina, os anti-instituições democráticas e os anticiência que compõem o lado escuro da polarização ideológica que varre o planeta?

OLHO VIVO - Realidade virtual ao alcance das crianças: é preciso dosar a exposição dos jovens ao mundo digital -

OLHO VIVO - Realidade virtual ao alcance das crianças: é preciso dosar a exposição dos jovens ao mundo digital – iStock/Getty Images


O esforço de tentar entender e reverter esse quadro tem sido tema de uma série de estudos e publicações recentes capitaneados por pesos-pesados da área, intrigados com o fenômeno. No livro A Fábrica de Cretinos Digitais, que acaba de ser lançado no Brasil, o renomado neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de pesquisas do Instituto Nacional de Saúde da França, aponta as baterias de combate ao estado atual de estagnação intelectual para o que afirma ser sua maior causa: o excesso de tempo passado diante da tela dos mais variados aparelhos digitais. “A tela, em si, não representa um mal, mas o número de horas despendidas na sua frente é assustador”, ressaltou Desmurget a VEJA. “O uso de computadores e celulares por pré-adolescentes é três vezes maior para se divertir do que para fazer trabalhos escolares. No caso dos adolescentes, o número sobe para oito”.

No trecho em que se debruça sobre o desenvolvimento de crianças pequenas, o especialista adverte que internet e aplicativos de redes sociais em demasia afetam negativamente as interações, a linguagem e a concentração, os três pilares básicos do progresso cognitivo em qualquer idade, mas de excepcional importância nos cinco primeiros anos da existência. É justamente nesse período-chave que se observa o auge da plasticidade — nome dado à frenética formação de sinapses que nunca mais se repetirá e que resulta na evolução ultra-acelerada do potencial do cérebro. “Até o humor do meu filho piorou com o tempo excessivo na frente do celular”, reconhece a assistente administrativa Hanna Ueda, 27 anos, de São Paulo. Ela restringiu o uso e, junto com o marido, Giovanni, passou a sentar todo dia com Pedro, 4 anos, para ler um livro e assim motivar sua curiosidade. “No caso das crianças pequenas, celular é um entretenimento passivo, sem reflexão ou desafios. Não passa de uma diversão viciante”, alerta Claudio Serfaty, do Programa de Pós-Gra­duação em Neurociências na Universidade Federal Fluminense.

arte Inteligência

Colocada dessa maneira, parece que a tecnologia é um mal. Longe disso. O foguete do progresso tecnológico transportou a humanidade para um novo patamar de conhecimento, criatividade, bem-estar e longevidade, com nítidos e incontáveis benefícios em todas as áreas — inclusive no estudo da inteligência. O ruim é o exagero. Esse ramo da ciência, de aferição cognitiva, ganhou impulso no século XIX, quando o antropólogo inglês Francis Galton (1822-1911) esmiuçou a teoria da evolução formulada por seu primo, Charles Darwin (1809-1882). Galton concluiu que a inteligência é uma característica hereditária e desenvolveu, em 1884, o primeiro método de medida do intelecto humano — um conjunto rudimentar de testes físicos e psicológicos. Três décadas depois, foi a vez de o psicólogo alemão Wilhelm Stern elaborar o quociente de inteligência, só que em uma fórmula muito complexa. Coube a Lewis Terman, especialista em psicologia educacional da Universidade Stanford, simplificar o teste e popularizar a sigla Q.I. Foi Terman quem sedimentou o padrão médio de Q.I. no número 100, criando a escala Stanford-Binet, usada até hoje.

À medida que a ciência evolui, escorada pelos avanços da computação, o componente hereditário da inteligência identificado por Galton vai ganhando a companhia de outros fatores. Em pesquisa publicada em 1984, o educador americano James Flynn (1934-2020), tomando por base o avanço constante do Q.I. médio nos países mais prósperos — que atingiu seu ápice na década de 1970, com altas anuais de três pontos —, demonstrou que as melhorias alcançadas na medicina, na educação e no pensamento crítico haviam contribuído decisivamente para tornar a população mais inteligente, um fenômeno que ganhou o nome de “efeito Flynn”. Problema: passado o apogeu, as conquistas no Q.I. foram sendo cada vez menores até estacionarem e, na entrada do século XXI, começarem a deslizar ladeira abaixo, devagar e sempre, acendendo o sinal amarelo. E a trajetória segue em queda na capacidade cognitiva.

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INCENTIVO - Os pais leem para Pedro, 4 anos: a linguagem é um pilar da cognição -
INCENTIVO - Os pais leem para Pedro, 4 anos: a linguagem é um pilar da cognição – Egberto Nogueira/Ímãfotogaleria/.

Um dos estudos mais incisivos sobre esse refluxo intelectual, realizado por pesquisadores da Noruega, analisou 730 000 testes de Q.I. aplicados em jovens convocados para o serviço militar obrigatório nos últimos quarenta anos. Sua conclusão: os aumentos anuais do Q.I. dos noruegueses baixaram para 2 pontos nos anos 1980, para 1,3 ponto nos 1990 e se transmutaram em recuo de 0,2 ponto neste século. Processo semelhante foi detectado no Reino Unido e na Dinamarca. Pesquisas como essas reforçam o alerta dos especialistas para mudanças no estilo de vida que, segundo eles, estão por trás do retrocesso — aí incluída, em lugar de destaque, a imersão constante e indiscriminada nos eletrônicos. As plataformas de vídeos, as redes sociais e os aplicativos de mensagem alimentam as discussões embotadoras, nas quais crenças se sobrepõem à razão e a ideologia impede o confronto de ideias enriquecido pelo saber científico — aquele que não se atém às primeiras linhas de um texto, mas se ampara nele inteiro. “As pessoas entram nas chamadas bolhas de filtragem, onde são expostas a olhares condizentes com seu perfil e blindadas de pontos de vista destoantes”, afirma Philip Boucher, pesquisador do Scientific Foresight Unit, instituto ligado ao Parlamento Europeu.

A turma mais nova, como bem aponta o francês Desmurget, é presa fácil dos efeitos deletérios do excesso digital. Estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, mostrou que crianças de 5 anos ou menos que passam mais de duas horas por dia on-line têm chance cinco vezes maior de apresentar dificuldade de concentração e sete vezes mais risco de exibir sintomas de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). “Até 2 anos, o tempo de tela recomendado é zero, a não ser em bate-papos virtuais com a família”, decreta a psicóloga Sheri Madigan, da também canadense Universidade de Calgary. Entre 2 e 5 anos, a janela de conexão não deve passar de uma hora diária, com foco em programas educacionais e jogos. “E os pais precisam estar do lado, para ajudar na compreensão do que está acontecendo”, diz.

Fatores comportamentais, sabe-se agora, também são determinantes na evolução da inteligência. O pleno desenvolvimento intelectual na infância exige interação social, engajamento em brincadeiras e, conforme a idade, também o enfrentamento de problemas e discussões que transcorrem fora das telas. “Há evidências crescentes de que investir na prática de disciplina e autocontrole tem efeito positivo tanto no nível acadêmico quanto no Q.I. dos pequenos”, diz Adriana Melibeu, especialista em neurobiologia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Uma boa formação escolar é imprescindível, bem como atividades extracurriculares que puxem o cérebro e sirvam de desafio — o que vale também para os adultos (veja o quadro acima), já que instigar a curiosidade é terreno fértil para o crescimento intelectual de qualquer pessoa.

Conta pontos positivos apaixonar-se por algum assunto, especialmente se ele exige conhecimento profundo, como astronomia ou grego antigo, proporcionando um mergulho no tipo de exercício que afia a atenção, estimula a perseverança e aprimora habilidades como processamento de informações e análise. “Inteligência não é só a bagagem que adquirimos, mas a capacidade de interpretar e de se lançar rumo ao novo, ao desconhecido”, ensina Chris Frith, psicólogo da University College London. A prática de esportes é outra atividade relacionada à expansão do intelecto porque aumenta a oxigenação do cérebro, o que por sua vez incrementa a conectividade neuronal— processo que se repete na alimentação equilibrada. Consumir ovos, peixes, legumes e verduras potencializa a produção de neurotransmissores e ajuda no desempenho cognitivo.

arte Inteligência

De tanto investigar os segredos da mente, pesquisadores e cientistas não param de identificar novas ramificações para a inteligência: espacial, lógica, linguística e mais uma infinidade de variações. Há uma reflexão, inclusive, quanto à escala de valor das habilidades. “As mais importantes são relacionadas à inteligência adaptativa, como a criatividade, o bom senso, a empatia e a destreza analítica”, afirma o psicólogo Robert Sternberg, da Universidade Cornell. Outra variante, a inteligência emocional, definida como a capacidade de entender e lidar com sentimentos próprios e alheios, fincou pé no glossário do intelecto graças à publicação do best-seller de mesmo nome, do jornalista Daniel Goleman, em 1995. Nessa sopa de designações, até a mente privilegiada dos gênios (veja as ponderações de alguns deles acima) pode escorregar. Albert Einstein (1879-1955), que nunca fez teste mas teve seu Q.I. avaliado postumamente em extraordinários 140 a 145 pontos, seria reprovado no exame de inteligência emocional: o primeiro casamento, com Mileva Maric, foi desastroso e o segundo, com Elsa Löwenthal, ficou marcado pelas infidelidades. Seja qual for a medida utilizada para definir a inteligência, o essencial é que ela seja cultivada, porque só assim a humanidade caminhará para a frente, sem as radicalizações comportamentais que alimentam atualmente a estupidez dos cabeças-ocas.

Publicado em VEJA de 6 de outubro de 2021, edição nº 2758


https://veja.abril.com.br/ciencia/pesquisas-mostram-que-a-inteligencia-do-ser-humano-esta-regredindo/

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

O que é Equidade?

 




O que é Equidade?


No Brasil, vivemos em uma sociedade desigual? Provavelmente a sua resposta para essa pergunta é sim, indicando que nem todos têm acesso igual aos recursos econômicos, políticos, sociais e jurídicos da sociedade em que vivemos. Mas você saberia dizer se prefere viver em uma sociedade com igualdade ou com equidade? Qual das duas é mais justa? Bem, a resposta para essas questões é mais complexa do que parece, e para encontrá-la é preciso saber o que é equidade e como ela se manifesta socialmente.

A estrutura básica de uma sociedade democrática é sustentada por suas instituições políticas, sociais e econômicas, sendo que as suas condições de justiça são baseadas no princípio da igualdade dos direitos e deveres. Entretanto, apesar de todos terem direitos iguais, sabemos que nem sempre esses direitos são efetivos a todos de maneira justa.

Dessa forma, uma sociedade com equidade busca corrigir os desequilíbrios que existem, a partir da aplicação correta de direitos fundamentais como os Direitos Humanos. Isso porque, muitas vezes, o tratamento igual entre diferentes pessoas pode favorecer a desigualdade. Meio complicado, não?  É por isso que vamos falar sobre esse tema neste texto, que inaugura o  projeto Equidade

Este projeto é uma parceria entre o Politize! e o Instituto Mattos Filho, que tem como objetivo apresentar, de forma simples e didática, os Direitos Humanos – desde os seus principais fundamentos e conceitos aos seus impactos em nossas vidas. Preparado(a) para entender o que é equidade e o que ela tem a ver com os Direitos Humanos? Então vem com a gente!

Se quiser, escute nosso podcast complementar ao assunto do texto:

Qual a diferença entre equidade e igualdade

Um primeiro passo para compreender esse tema é entender o que realmente significa equidade e como este conceito se difere da igualdade. Segundo o dicionário Michaelis, a palavra equidade é definida como uma disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada um. Isto é, o significado de equidade revela um senso de justiça em que o tratamento ou modo de agir em relação à determinada pessoa deve se dar com base no reconhecimento das características individuais e necessidades específicas dessa pessoa.

Já a igualdade é baseada no princípio da universalidade, ou seja, de que todos devem ser regidos pelas mesmas regras e devem ter os mesmos direitos e deveres. A igualdade é um dos pilares da cidadania, que pode ser entendida como “o direito a ter direitos”. A cidadania gera um espaço de igualdade entre os indivíduos que se tornam cidadãos, pois eles  passam a desfrutar dos mesmos direitos civis e políticos estabelecidos na sociedade, como o direito à liberdade, o direito ao voto, o direito à propriedade, entre outros. 

Exemplos da diferença entre igualdade e equidade

Quando pensamos em direitos sociais, como os direitos à saúde e à educação, aspectos individuais devem ser levados em consideração para que cada pessoa tenha um nível decente de bem estar. Entretanto, o princípio da igualdade tende a distribuir os direitos de maneira igualitária e universal, esquecendo as diversas diferenças existentes entre os indivíduos.  Podemos pensar em uma situação hipotética para ilustrar essa questão.

Imagine uma criança que não sabe falar e escrever em inglês entrando em um colégio em que todos os alunos têm o inglês como língua nativa. De maneira igualitária, os alunos recebem as mesmas aulas de inglês como uma disciplina obrigatória. É certo que a criança que não fala inglês e nunca teve contato com o idioma terá muito mais dificuldades em acompanhar as aulas e entender o conteúdo.  Nesse caso, o tratamento igualitário não está contribuindo para ajudar essa criança, mantendo a diferença existente entre ela e o restante da classe.

Assim, o ideal seria tratar esse novo aluno de maneira diferenciada, reconhecendo as suas características específicas e dando as condições necessárias para que possa acompanhar as aulas de inglês, fazendo com que ele não saia em desvantagem em comparação com o resto da classe. Esse seria um tratamento com base na equidade. Com isso, é possível perceber que, no sentido de justiça, a equidade é uma adaptação de uma norma geral (nesse caso, as aulas de inglês obrigatórias) a situações específicas (nesse caso, a oferta de mais aulas de inglês ao aluno que não domina o idioma).

Outro exemplo em que podemos observar a diferença entre equidade e igualdade diz respeito à imagem abaixo. Nela, é ilustrado como a aplicação do princípio da igualdade pode beneficiar uns e causar desvantagens para outros.

Imagem ilustrando a diferença entre igualdade e equidade por meio da distribuição de bicicletas para pessoas diferentes

A distribuição de bicicletas iguais para todos os indivíduos resulta em uma realidade injusta e desigual, pois nem todos conseguem utilizar a bicicleta de maneira ideal. Já com aplicação do princípio da equidade, bicicletas diferentes são distribuídas conforme a necessidade de cada um. Isso resulta em uma realidade mais justa, em que todos conseguem utilizar as bicicletas da melhor maneira possível, pois as características e as diferenças de todos foram atendidas.

Dessa forma, os direitos e as suas aplicações, por mais fundamentais que sejam, devem levar em conta as especificidades de diferentes pessoas e devem ser pensados da maneira mais democrática possível, para que ninguém seja excluído ou desfavorecido. É por isso que os Direitos Humanos têm a equidade como princípio essencial para sua efetivação.         

A relação entre Equidade e Direitos Humanos

Os direitos têm como objetivo regular as práticas sociais e os vínculos que são estabelecidos entre indivíduos e grupos dentro de uma sociedade. Nesse sentido, foi com base nos princípios de igualdade e liberdade que grande parte dos direitos fundamentais foram construídos nos Estados modernos, principalmente após o século XVIII com a Revolução Francesa, que influenciou e impulsionou os direitos civis e políticos ao redor do mundo.

 Entretanto, foi somente no século XX, com o surgimento da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, devido à devastação gerada pela Segunda Guerra Mundial, com enormes violações de Direitos Humanos dentro dos Estados, que esses direitos ganharam uma magnitude internacional. Isso ocorreu com a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, pela ONU. Se você quiser saber mais sobre esse processo, pode conferir o nosso texto sobre a história dos Direitos Humanos.

A Declaração representa o primeiro documento que propõe a proteção de todos os seres humanos ao redor do mundo, garantindo que todos tenham as condições para levar uma vida digna, com o direito à liberdade, justiça, educação, saúde, entre outros. Ela simboliza a instituição do Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos. Também te explicamos tudo sobre ele no  nosso texto sobre o Sistema Internacional e os tratados internacionais de Direitos Humanos.

Imagem mostrando diferentes pessoas celebrando e representando o que é equidade

O estabelecimento dos Direitos Humanos mundialmente proporcionou que grupos historicamente vulneráveis e desfavorecidos, que sofreram com opressões, discriminações e preconceitos, ganhassem um suporte jurídico na defesa de suas vidas com dignidade. Com isso, o princípio de justiça resguardado pelos Direitos Humanos, em sua essência, é possibilitar que toda e qualquer pessoa, sem exceção, tenha acesso a todos os recursos necessários para ser capaz de viver dignamente.

Isso significa que há o reconhecimento de que indivíduos ou grupos específicos têm necessidades específicas e devem receber um tratamento que atende essas necessidades. Sendo assim, a visão de justiça dos Direitos Humanos colabora para a promoção da equidade, pois além de serem universais, buscam reduzir as desigualdades existentes por meio do reconhecimento das necessidades específicas de cada um.

Equidade na promoção de justiça social

Mas mesmo com tudo o que foi construído, os Direitos Humanos ainda enfrentam obstáculos na sua efetivação, já que a sociedade em que vivemos é desigual e casos de discriminação e violência ainda são uma realidade. Então, de que forma o princípio da equidade pode contribuir para uma sociedade mais justa? Para ajudar a refletir sobre isso, vejamos algumas situações e exemplos práticos da aplicação desse princípio em conjunto com os Direitos Humanos no Brasil e no mundo.

A equidade na saúde

Os Direitos Humanos consideram que a saúde é um direito fundamental inerente ao exercício da  cidadania. O Comitê dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas, inclusive, reafirmou nos anos 2000, que o direito à saúde deve ser entendido não apenas pela garantia de acesso aos cuidados médicos apropriados, mas também quanto aos determinantes de saúde, como o acesso à água potável e ao saneamento, a segurança alimentar, a moradia adequada etc. 

Desse modo, a promoção da equidade é vista como uma prática indispensável para que a saúde seja garantida a todos sem discriminação. Isso porque a superação da desigualdade em saúde exige que políticas públicas sejam formuladas de maneira a reconhecer as diferenças sociais da população brasileira. Só assim a particularidade de cada grupo pode ser atendida da forma mais apropriada possível.

Vejamos um caso hipotético. Imagine que um homem com aproximadamente 30 anos esteja passando mal, com febre e dores no corpo, e resolve ir até a emergência de um hospital para procurar auxílio médico. Na emergência, só há um médico disponível para atendê-lo e enquanto estava aguardando ser chamado, uma mulher vítima de um grave acidente de carro chega às pressas de ambulância e precisa urgentemente passar por uma cirurgia. Apesar de ambos terem igualmente o direito à saúde e o homem ter chegado antes no hospital, o princípio da equidade na saúde prevê que a mulher tenha prioridade para ser atendida, por estar em uma situação muito mais vulnerável, sendo que o único médico disponível terá que realizar a sua cirurgia primeiro.

No Brasil, com o estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir da Constituição Federal de 1988, a equidade foi determinada como uma diretriz a ser implementada. E, segundo o Ministério da Saúde do Brasil, após a publicação da Portaria nº 2.436, promover a equidade é: 

ofertar o cuidado, reconhecendo as diferenças nas condições de vida e saúde e de acordo com as necessidades das pessoas, considerando que o direito à saúde passa pelas diferenciações sociais e deve atender à diversidade” (n.p). 

Ou seja, fica evidenciado que o atendimento à saúde será individualizado, conforme as exigências específicas de cada um, devendo ser oferecido mais a quem precisa mais e menos a quem necessita de menos.

A equidade e a questão étnico-racial

Outra situação prática da aplicação do princípio da equidade relaciona-se à questão étnico-racial. A herança da escravidão da população negra no mundo representa séculos de exploração e discriminação contra milhões de pessoas ao longo da história apenas em razão de suas cores de pele. Isso significa que os povos escravizados se submeteram a condições degradantes de vida durante anos, gerando uma desigualdade social entre esse povo e os demais que foram favorecidos socioeconomicamente.

Imagem de um menino representando o que é equidade

A lacuna deixada como consequência desse período histórico coloca, ainda hoje, a população negra em uma situação desfavorável do ponto de vista social, político e econômico. Em países como os EUA, os afrodescendentes enfrentam dificuldades para completar os seus estudos na infância, obtendo uma média de notas inferior em comparação à média dos estudantes brancos. Segundo Melba Vasquez (2011), presidente da Associação Americana de Psicologia, a disparidade educacional nos EUA é um problema com grandes custos sociais, gerando efeitos negativos para gerações.

Aqui no Brasil a realidade não é muito diferente. Segundo o IBGE, em 2017, a taxa de analfabetismo entre negros era de 9,3%, enquanto que entre brancos era de 4%. Dessa forma, para que se estabeleça a equidade entre os grupos na educação, é preciso que mecanismos de reparação histórica sejam adotados a partir de políticas públicas. 

Um exemplo no caso brasileiro foi a adoção de ações afirmativas, que estabelecem cotas raciais para o ingresso em instituições públicas de ensino superior. Na perspectiva dos Direitos Humanos, as ações afirmativas atuam para acelerar o processo de igualdade, oferecendo tratamento especial ao grupo historicamente oprimido, oferecendo-lhe a oportunidade de entrada em universidades e institutos de ensino no país em condições mais favoráveis

Conclusão

A adoção de políticas baseadas na equidade carrega valores humanitários que buscam melhorar a sociedade em seus diversos campos. As desigualdades ainda estão muito presentes em nossa realidade e o princípio da igualdade mostrou-se insuficiente para  as reduzir, por não reconhecer as necessidades próprias que muitos indivíduos e grupos têm. 

É possível perceber que, em determinadas situações, o tratamento igual pode colaborar para que a desigualdade e a diferença entre grupos sociais seja mantida ou, até, aprofundada – principalmente em relação a grupos vulneráveis, que necessitam de um atendimento especializado, que seja adequado às suas condições e especificidades. 

Já imaginou se ao construir um espaço público de lazer esquecemos das pessoas com deficiências e não colocamos sinalizações e uma estrutura adequada para que possam ter acesso? É evidente que estaríamos excluindo pessoas do seu direito como cidadãos de frequentar um espaço público, promovendo a desigualdade de acesso.

Este projeto baseia-se no princípio da equidade, que lhe dá seu nome, pois busca colaborar com o alcance da justiça social. Isso porque, acreditamos que a divulgação e disseminação de conhecimento sobre os Direitos Humanos pode contribuir para uma sociedade mais democrática e justa. 

Equidade será dividido em nove grandes temas de Direitos Humanos, cada um com uma série de textos envolvendo a temática. Para dar contexto, o projeto tem início com o Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos e segue para os Direitos da Mulher, os Direitos Étnicos-raciais, os Direitos dos Refugiados e Migrantes, os Direitos das Pessoas com Deficiência, os Direitos LGBTQIAP+, os Direitos das Crianças e Adolescentes, os Direitos dos Idosos e a Liberdade Religiosa. Esperamos que confiram os nossos conteúdos e compreendam todas as dimensões desses direitos tão importantes para todos nós. 

Autores:

Bárbara Correia Florêncio Silva
Eduardo de Rê
Helórya Santiago de Souza
Julia Piazza Leite Monteiro
Luíza da Camara Chaves
Marcella Caram Zerey
Marília Lofrano
Yvilla Diniz Gonzalez

Fontes:

1- Instituto Mattos Filho;

2- AZEVEDO, Mário L. N. Igualdade e Equidade: Qual é a medida da Justiça Social?. Avaliação, Campinas – SP, vol. 18, nº 1, p. 129-150, mar. 2013.

3- AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION. Ethnic and Racial disparities in Education: Psychology’s Contributions to Understanding and Reducing Disparities. Report of the APA Presidential Task Force on Educational Disparities, 2012. Disponível em: <https://www.apa.org/ed/resources/racial-disparities.pdf>. Acesso em 14 de dezembro de 2020.

4-  BARROS, Fernanda; SOUSA, Maria. Equidade: seus conceitos, significações e implicações para o SUS. Saúde Soc. São Paulo, vol. 25, nº 1, p. 9-18, 2016.

5- BRASIL. Política Nacional de Atenção Básica. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436. 2017. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html>. Acesso em 14 de dezembro de 2020.

6- CUNHA, Maria C. et al. Direitos humanos e equidade: um olhar sobre as políticas de ações afirmativas na educação superior no Brasil. Revista Educação Online, n. 16, p. 66-89, mai/ago. 2014. Disponível em: <http://www.equidade.faced.ufba.br/sites/equidade.oe.faced.ufba.br/files/acoes_afirmativas_eudes_penildon_maria_couto_educonline_puc-rio.pdf>. Acesso em: 14 de dezembro de 2020.

7- Dicionário Michaelis Online. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/busca?id=dpWV>. Acesso em: 14 de dezembro de 2020.

8-  FELDENS, Guilherme; KRETSCHMANN, Ângela. A Concepção de Direitos Humanos e Fundamentais na Teoria da Justiça como Equidade. Trans/form/ação, Marília, vol. 40, nº 4, p. 187-208, out/dez. 2017.

10-  GOMES, Nilma. Diversidade étnico-racial, inclusão e equidade na educação brasileira: desafios, políticas e práticas. RBPAE, vol. 27, nº 1, p. 109-121, jan/abr. 2011.

11- GUY, Mary; MCCANDLESS, Sean. Social Equity: Its Legacy, Its Promise. Public Administration Review. The American Society for Public Administration, vol. 72, Iss S1, p. 5-13, 2012.

12- MCKOWN, Clark. Social Equity Theory and Racial-Ethnic Achievements Gaps. Child Development, vol. 84, nº 4, p. 1120-1136, jul/ago. 2013.

13- NOGUEIRA, Vera. Direitos Humanos – A Antinomia Igualdade x Equidade. Mesa de trabalho – Direitos Humanos. Artigo online. Disponível em: <http://www.ts.ucr.ac.cr/binarios/congresos/reg/slets/slets-017-038.pdf>. Acesso em: 14 de dezembro de 2020.

14- SVARA, James; BRUNET, James. Social Equity is a Pillar of Public Administration. Journal of Public Affairs Education, vol. 11, nº 3, p. 253-258, 2005.